Fraude da vacina: Cid fica em silêncio em depoimento e preocupa aliados de Bolsonaro

Atualizado em 18 de maio de 2023 às 15:41
Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Foto: Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal nesta quinta (18). Preso por suspeita de participar de fraude em cartões de vacinação, ele foi intimado para dar explicações sobre o caso, mas se recusou a falar. A informação é do g1.

O militar alegou que preferiu ficar em silêncio por não ter acesso ao conteúdo integral da investigação e da perícia que foi feita em seu celular e no restante do material apreendido pela PF. A decisão de Cid preocupa o entorno de Bolsonaro, que acredita que o ex-ajudante de ordens pode optar por fazer um acordo de colaboração premiada.

O temor de assessores e advogados de Bolsonaro aumentou após a troca de advogado de Cid. Um profiissional próximo à família do ex-presidente deixou sua defesa e Bernardo Fenelon, especialista em delações premiadas, assumiu seu lugar.

Um inquérito da PF aponta que foram inseridas informações falsas em sistema do Ministério da Saúde d que Bolsonaro, sua filha e pessoas próximas tomaram vacina contra Covid-19. O ex-presidente negou que ele e a filha tenham sido imunizados.

Os dados falsos foram incluídos em dezembro de 2022, às vésperas da viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos. A conta que ele usa no ConecteSus, aplicativo do Ministério da Saúde, emitiu um comprovante de vacinação dias antes do registro fraudulento ser apagado.

Investigadores suspeitam que as informações falsas foram inseridas para beneficiar o ex-presidente e burlar restrições sanitárias no exterior. A conta de Bolsonaro no ConecteSus era controlada por Mauro Cid, que chegou a emitir um certificado de vacinação em seu celular.

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