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Freire Gomes nega omissão e diz que tentou desarticular golpe internamente

Jair Bolsonaro e Freire Gomes. Foto: reprodução

O general e ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes tem compartilhado com amigos sua postura em relação às intenções do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de promover um golpe de Estado no Brasil. Freire Gomes argumenta que não se omitiu diante da situação e que atuou ativamente para barrar qualquer possibilidade de golpe, articulando com colegas do generalato do Exército.

Segundo o Uol, fontes afirmam o general considerou que uma atuação junto ao Alto Comando do Exército seria mais eficaz do que denunciar as intenções de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Informado em tempo real por Cid sobre o desenrolar da trama golpista em 2022, ele acredita que uma denúncia direta poderia desencadear uma crise institucional no país, alimentando a própria intenção golpista do então presidente.

Em uma reunião no início de dezembro de 2022, revelada pelo tenente-coronel Mauro Cid, Bolsonaro apresentou aos chefes das Forças Armadas uma minuta do golpe. O então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, teria manifestado prontidão para aderir ao chamamento, mas Freire Gomes recusou-se a apoiar o plano golpista.

Freire Gomes justifica sua atuação como uma medida para evitar uma crise institucional e uma possível ruptura no país, que eram os objetivos de Bolsonaro. Ele pretende apresentar esse argumento à Polícia Federal em seu depoimento, reforçando que não foi omisso nem prevaricou, mas sim usou seu cargo para agir contra o golpe.

Bolsonaro e Braga Netto, suspeitos de planejarem um golpe. Foto: reprodução

A raiva do então candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, contra Freire Gomes, é atribuída à sua atuação contra o golpe. Braga Netto teria sugerido, em mensagem a um militar amigo, que a “cabeça” de Freire Gomes fosse oferecida aos “leões”, chamando o general de “Cagão” e culpando sua “omissão e indecisão” pelo fracasso dos bolsonaristas.

O atual comandante do Exército, general Tomas Paiva, poderá ser chamado como testemunha a favor de Freire Gomes, destacando que, quando comandante do Exército, Freire Gomes não tinha outra opção a não ser agir conforme fez.

A atuação de Freire Gomes em evitar o golpe tem gerado debate e polêmica dentro e fora do círculo militar, demonstrando as tensões políticas e institucionais enfrentadas pelo Brasil em meio a essa crise.

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Augusto de Sousa

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