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Frigorífico de MG é investigado por assédio eleitoral após deixar Eduardo Bolsonaro fazer campanha

Eduardo Bolsonaro faz campanha contra Lula em frigorífico de Minas Gerais. Foto: Reprodução/CNN Portugal

O frigorífico Rivelli, de Minas Gerais, é investigado por assédio eleitoral após permitir que Eduardo Bolsonaro fizesse campanha contra Lula em palanque montado no pátio da empresa. O deputado e o diretor da empresa discursaram no ato e disseram que o presidente está “conseguindo fazer a economia andar”. A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

O caso aconteceu no último dia 18 no segundo maior colégio eleitoral do país. O diretor administrativo-financeiro da empresa, identificado como Paulo Richel, subiu no palanque e afirmou: “O que o Bolsonaro está conseguindo é fazer a economia andar. Quanto mais a economia andar, mais a empresa crescer, mais oportunidades a gente vai ter”.

Em seguida, Eduardo subiu ao palco para falar sobre “os riscos do Lula”, citando a Argentina. “Eu acabei de voltar de uma viagem da Argentina. Eu não sei se vocês sabem a situação lá, mas 40% da população da Argentina já está na linha da pobreza. E o presidente da Argentina e o ex-presidente Lula têm políticas muito semelhantes. Por exemplo, em aumentar o imposto de exportação. É justamente isso que está levando à crise da carne, lá na Argentina”, disse o filho do presidente.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) fez uma audiência com diretores do frigorífico nesta terça (25) e terá uma nova reunião amanhã (27). Os procuradores recomendaram que a empresa divulgue um comunicado em até 24 horas com a seguinte mensagem:

“A Rivelli Alimentos S/a, em cumprimento à recomendação do Ministério Público do Trabalho, reitera o direito dos seus empregados de escolherem livremente seus candidatos nas eleições, independentemente do partido ou ideologia política; declara que não adota qualquer medida retaliatória, como a demissão em razão de opinião e escolha política partidária; e repudia qualquer tipo de comportamento que possa caracterizar violação à liberdade de consciência, de expressão e de orientação política”.

O texto deve ser publicado em todos os grupos de WhatsApp, quadros de aviso, redes sociais e distribuído para diretores, gerentes e supervisores.

Na audiência com o MPT, os advogados da empresa alegaram que ela “apenas cedeu o espaço” para o deputado. A defesa também argumentou que os funcionários foram liberados e “não obrigados a permanecer no ato”.

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Caique Lima

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