Fumaça de queimadas muda cor do céu no Pará e dificulta até a visão do sol

Atualizado em 4 de dezembro de 2024 às 13:36
A cidade de Santarém (PA) coberta por fumaça. Foto: Reprodução

O Pará está em chamas e com o céu coberto por fumaça causada pela fuligem das queimadas do mês de dezembro. O estado lidera os focos de incêndios, a maioria deles ligados ao desmatamento ilegal na Amazônia, neste ano, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O fogo começou a se espalhar no estado em julho e permanece acima da média histórica mensal desde 1998. Foram contabilizados 53 mil focos de incêndio até agora, o maior índice do Brasil em 2024, e o Inpe calcula que a nuvem de fumaça tenha uma extensão de cerca de 2 milhões de km².

As cidades paraenses têm registrado um aumento no número de doenças respiratórias e em algumas regiões não é mais possível ver o céu azul. O estado está em situação de emergência por conta dos incêndios gerados pelo desmatamento ilegal.

O Brasil será o país sede da Conferência do Clima, encontro do órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, e o evento ocorrerá em Belém, capital do Pará.

Fumaça dificulta visão no estado do Pará. Foto: Reprodução

Em Santarém, a prefeitura local decretou estado de emergência por conta da baixa qualidade do ar e tem tentado adotar medidas para conter os incêndios, mas o estado tem mais de 22 mil km² (quase 15 vezes o tamanho da cidade de São Paulo) e não existe efetivo o suficiente.

A fuligem que cobra Santarém não é causada apenas por incêndios locais e a nuvem cinza tem sido arrastada pelo vento de outras regiões. O auge da crise ocorreu entre agosto e setembro, quando a mancha cobriu grande parte do território nacional. A fumaça segue se espalhando, mas está menos perceptível.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line