Fumaça de queimadas na Amazônia chega ao Rio Grande do Sul

Atualizado em 11 de setembro de 2020 às 18:22
Fumaça de queimadas na Amazônia chega ao Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução/MetSul

Publicado originalmente no MetSul

As imagens de satélite da manhã desta sexta-feira (11) mostravam um denso corredor de fumaça pelo interior do continente, a Leste do Estados, avançando da região da Amazônia até o Rio Grande do Sul. O corredor de fumaça tem origem em queimadas na região amazônica e no caminho até o território gaúcho é reforçado pelas emissões das queimadas que ocorrem no Pantanal e ainda na Bolívia, Paraguai e Norte da Argentina que experimentaram um salto no número de focos de calor nas últimas horas.

Observando-se o corte da imagem e possível ver como a fumaça avança sobre o Oceano Atlântico na costa do Sul e do Sudeste do Brasil, distinguindo-se das nuvens baixas (cor branca) pelo tom mais leitoso (fumaça).

Transportada por correntes de vento, a fumaça, com menor densidade, consegue chegar até os litorais de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O Rio Grande do Sul está sob a influência de uma corrente de jato em baixos níveis da atmosfera, um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude, que se origina na Bolívia, e está trazendo muita fumaça da região amazônica, do Pantanal e dos países vizinhos. Ontem, no Oeste e no Norte do Estado, sob influência destas correntes de vento em altitude, era possível verificar a presença da fumaça na atmosfera.

É importante enfatizar que a fumaça está avançando primariamente em altitude e não perto da superfície e que, por isso, os índices de qualidade do ar não sofrem uma deterioração. A fumaça é perceptível pela alteração da coloração do céu, especialmente nos horários do amanhecer e do fim da tarde. As queimadas estão devastando o Pantanal com mais de 12% do bioma já consumido pelas chamas e estão acima da média histórica em estados como o Amazonas.