“Funcionário fantasma”: médico de Bolsonaro deve ser indiciado pela PF

Atualizado em 11 de junho de 2024 às 11:06
Jair Bolsonaro e o médico Ricardo Camarinha. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) está preparando o indiciamento de Ricardo Camarinha, médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), em decorrência das denúncias de que ele ocupava um cargo de funcionário fantasma na Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Em abril deste ano, funcionários da Apex prestaram depoimentos afirmando que Camarinha recebia um salário mensal de R$ 36,8 mil sem desempenhar efetivamente suas funções na agência. Ele estava lotado na Apex em Miami, de abril de 2022 até 2 de janeiro de 2023.

Um fator que chamou atenção foi a distância entre a residência de Camarinha em Orlando e o escritório físico da Apex em Miami. A distância entre as duas cidades é de cerca de 380 quilômetros, com um tempo de viagem de aproximadamente três horas e meia.

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Bolsonaro e Camarinha. Foto: reprodução

Vale destacar que durante uma temporada de Bolsonaro nos Estados Unidos, logo após deixar a presidência, Camarinha chegou a visitar o ex-chefe do Executivo.

Além disso, durante as investigações conduzidas pela PF nos EUA, em maio, os policiais ouviram Camarinha em sua residência em Orlando, na Flórida.

Segundo depoimentos, a nomeação de Camarinha ocorreu por ordem direta de Bolsonaro ao general da reserva Mauro Lorena Cid, que na época era o chefe da Apex em Miami e é pai do ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid.

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