
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) divulgou os primeiros resultados da pesquisa nacional sobre saúde física e mental dos empregados e empregadas da Caixa. Um dos recortes, o Saúde Caixa, plano de saúde dos trabalhadores do banco, trouxe dados fundamentais para o debate sobre sua preservação e fortalecimento.
O levantamento foi realizado entre 27 de junho e 7 de julho de 2025, pela Acerte Pesquisa e Comunicação, e ouviu 3.820 respondentes da ativa e aposentados.
Diante dos resultados, a Fenae reforçou sua defesa pelo reajuste zero nas mensalidades, já que os dados comprovaram a importância do Saúde Caixa para os empregados. Na época, as mensalidades e pagamentos eram o aspecto mais criticado, com 80% de reprovação, e qualquer aumento tenderia a agravar ainda mais a insatisfação.
O estudo mostrou ainda que 92% utilizavam o Saúde Caixa como principal plano de saúde. Mais da metade avaliou o plano positivamente, com destaque para os aposentados (61%) e empregados lotados na Matriz (70%).
Os serviços de atendimento de urgência (56% de aprovação) e liberação de exames (55%) figuraram entre os pontos mais bem avaliados, demonstrando a relevância do plano para o cuidado com a saúde da categoria.

“O Saúde Caixa é uma conquista coletiva e símbolo de proteção da nossa categoria. A pesquisa mostrou que, em sua essência, o plano funciona e é valorizado pelos usuários. Por isso, a defesa do reajuste zero não foi apenas uma pauta financeira, mas a garantia de que os trabalhadores continuariam tendo acesso à saúde de qualidade sem o peso de aumentos abusivos”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
Além da defesa política, a pesquisa mostrou a necessidade de melhorias nos canais de comunicação e na rede credenciada, que ainda apresentavam alto índice de desconhecimento ou reprovação. Apenas cerca de 37% dos empregados da ativa avaliavam positivamente a rede credenciada. Já os canais de comunicação apresentaram desempenho ainda mais frágil.
O WhatsApp Saúde Caixa teve aprovação de apenas 30% e reprovação de 48%; o Fale Conosco registrou 28% de avaliações positivas e o Chat Online foi marcado pelo desconhecimento (41%), atingindo quase metade dos usuários, com só 17% de aprovação. Esses dados reforçaram que custos, rede credenciada e comunicação concentraram as principais insatisfações.

Segundo o diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, esses pontos deveriam ser tratados com transparência e investimento, mas sem que isso representasse custo adicional aos usuários.
“Era hora de melhorar a gestão, rede credenciada e atendimento do plano, mas sem transferir essa conta para os empregados da Caixa. A pesquisa confirmou aquilo que sempre defendemos. O Saúde Caixa foi fundamental para a qualidade de vida dos empregados, mas precisou de avanços na rede credenciada e nos canais de comunicação”.
Quadros também disse que, “além disso, a defesa do reajuste zero foi inegociável. Nosso compromisso foi garantir que o plano continuasse sendo um instrumento de proteção e cuidado, com mais transparência e diálogo na gestão, mas preservando um modelo de custeio baseado na solidariedade e no pacto intergeracional, que permitisse que todos os empregados tivessem condições de acesso ao plano”.