Fura-fila da vacina é algo pré-Revolução Francesa. Por Gilberto Maringoni

Atualizado em 7 de abril de 2021 às 0:01

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Por Gilberto Maringoni

Foto: Carl de Souza/AFP

No tempo do Império, tínhamos por aqui o voto censitário. Votavam homens – homens brancos! – acima de determinada faixa de renda.

Um século e meio depois, a escória empresarial e o centrão, com a concordância de Bolsonaro, decidem aprovar a privatização da vacina, o que equivale a dizer que teremos a imunização censitária. No meio da pandemia, a vida no Brasil também se torna censitária.

Só terá direito a vida quem tiver dinheiro. Não involuimos ao século XIX, vamos mais para trás. A medida vai contra a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada em 1789 pela Assembleia Nacional, no bojo da Revolução Francesa. Logo no início, ela afirmava o seguinte:

“Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum”.

No Brasil, essas modernidades comunistas contra a família não pegam.

Na imagem, interessante dispositivo que possibilitou a aprovação dos Diretos na França, em fins do século XVIII.

FURA-FILA DA VACINA É ALGO PRÉ-REVOLUÇÃO FRANCESA

No tempo do Império, tínhamos por aqui o voto censitário. Votavam…

Publicado por Gilberto Maringoni em Terça-feira, 6 de abril de 2021