
O apresentador Paulo Figueiredo, que vive nos Estados Unidos e atua ao lado de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na articulação golpista contra o Brasil e o Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma série de elogios ao ministro Luiz Fux após o início de seu voto no julgamento da trama golpista. Segundo ele, o magistrado foi e será poupado de punições americanas por divergir de Alexandre de Moraes.
“O que nos chamou a atenção nos EUA foi que Fux está corroborando a decisão do governo americano de sancionar Alexandre de Moraes. Ele diz pessoalmente em seu voto que houve violação de direitos humanos no processo”, afirmou Figueiredo à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Figueiredo e Eduardo têm relações próximas com o governo de Donald Trump e já defenderam publicamente a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. O apresentador chegou a antecipar que o ministro seria incluído na lista de sancionados pelos EUA.
Segundo ele, Fux não sofreu sanções porque já havia percepção de que seu posicionamento era divergente. “Circula uma inversão de causa e efeito típica de mentes limitadas: Fux não diverge dos tiranos por medo de sanção dos EUA. Ora, ele não foi sancionado juntamente dos colegas porque já havia a percepção de que seu posicionamento era divergente”, prosseguiu.

Figueiredo voltou a dizer que outros magistrados poderão enfrentar punições semelhantes às de Moraes. “Fux diz que os colegas violam a Declaração Universal dos Direitos do Homem. É exatamente por isso que Alexandre foi sancionado sob o Global Magnitsky Act. E os demais também serão”, disse.
O voto do ministro animou bolsonaristas e recebeu elogios até de uma autoridade americana: Jason Miller, conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele afirmou que Fux está “destruindo” Moraes.
No julgamento, Fux defendeu a absolvição dos oito réus do “núcleo central” da trama golpista e disse que “não compete ao Supremo Tribunal Federal realizar um juízo político do que é bom ou ruim, conveniente ou inconveniente, apropriado ou inapropriado. “Compete a este tribunal afirmar o que é constitucional ou inconstitucional, legal ou ilegal”, argumentou.