Gabeira defende anistia a golpistas e inventa bolsonarista “vítima” do STF

Atualizado em 8 de agosto de 2025 às 13:16
Fernando Gabeira em entrevista ao canal MyNews. Foto: Reprodução/YouTube

Em entrevista recente ao canal MyNews, o jornalista Fernando Gabeira, da GloboNews, fez um apelo estarrecedor: que os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro sejam anistiados.

Segundo ele, os “vencedores” da eleição deveriam ser “mais generosos”. Generosos com quem tentou derrubar a República? Com quem invadiu os Três Poderes, pediu golpe militar e ameaçou ministros do STF?

O discurso de Gabeira não é apenas revisionista — é cúmplice. Ele insiste que as penas aplicadas aos criminosos são “exageradas”, como se não houvesse provas contundentes, transmissões ao vivo, registros em redes sociais, mensagens trocadas em grupos conspiratórios, financiadores identificados, planos documentados.

Pior ainda: para tentar sensibilizar a opinião pública, Gabeira inventou o drama de uma mulher de Minas Gerais, supostamente presa apenas por “postagens em redes sociais”.

Sem apresentar nomes, documentos, números de processo ou qualquer fato verificável, ele descreveu uma narrativa feita sob medida para alimentar a falsa tese de que há perseguição política no Brasil. Disse que a mulher teria sido impedida de receber um cobertor na prisão de Três Corações/MG. Que o pai dela só poderia visitá-la com autorização do ministro Alexandre de Moraes. E que a prisão teria destruído sua família.

É a nova moda da extrema direita: transformar golpistas em mártires.

Esse comportamento não surpreende totalmente. Em 2018, Gabeira afirmou que Jair Bolsonaro havia “ressignificado” a política brasileira. E quem não se lembra do “abraço hétero” que Bolsonaro deu em Gabeira, em 2019? Aquela cena ridícula virou símbolo da relação de afeto entre o ex-capitão e alguns comunistas arrependidos — mas só depois que o país viu no que deu.

A tal “raia miúda” — como ele chamou os bolsonaristas que bloquearam rodovias, mataram adversários em festas de aniversário, acamparam em frente a quartéis pedindo “intervenção militar”, quebraram patrimônio público e clamaram por um golpe — não foi vítima.