Por Caique Lima
O deputado federal Otoni de Paula é pastor da igreja evangélica e lidera unidades da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro há 22 anos, segundo sua própria biografia.
Conforme foi revelado pelo Globo, o deputado já gastou mais R$238,5 mil de dinheiro público com a Aplicanet Informática, empresa acusada de disparo indevido de mensagens durante eleições.
Ocorre que o dono da empresa, Alan dos Santos, é da mesma igreja do pastor: a Assembleia de Deus.
Mas a predileção do deputado por evangélicos não para por aí.
Além de sua cota parlamentar, Otoni investe parte de sua verba de gabinete em fiéis da igreja evangélica.
Pelo menos 5 de seus secretários de gabinete são membros da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro.
Charles Luiz de Moraes
Pastor da Assembleia de Deus de Nova Itaguaí, recebe mensalmente R$1631,72 como secretário parlamentar de Otoni.
Marcos Dias Borges (ou Marcão Borges)
Fiel da Assembleia de Deus, recebe mensalmente R$9314,91 como secretário parlamentar.
Já foi chefe de gabinete de Otoni de Paula quando era vereador no Rio de Janeiro.
Hoje, Marcão é pré-candidato ao antigo cargo do chefe.
Leonardo e Leandro Argenti
Irmãos que trabalham no gabinete de Otoni de Paula desde o início do mandato, em 2019.
O primeiro recebe R$3219,41 e o irmão, R$8655,25 por mês.
Ambos são fiéis da Assembleia de Deus e Leandro Argenti, bolsonarista, participa de manifestações com o filho do deputado.
Eleomar Ribeiro
Teólogo e pastor da Assembleia de Deus, recebe R$1086,54 mensalmente.
Ele é amigo da família de Otoni e o conhece desde criança, segundo o próprio deputado.
Foi candidato a vereador pelo Rio em 2012 e é pré-candidato a vereador do Rio, apoiado pelo deputado.
Thiago Felix
Acompanha o deputado em cultos evangélicos e recebe R$6676,29, a maioria das fotos de Otoni em igrejas foram tiradas pelo atual secretário, que o acompanha há, pelo menos, 5 anos.
No total, Otoni de Paula tirou de dinheiro público e deu para membros da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro cerca de R$711.797,00.
Esse valor é cerca de 32% dos R$ 2.221.208,22 da cota parlamentar e da verba de gabinete gastos pelo deputado desde o início de seu mandato.
O cargo de secretário parlamentar é um cargo técnico, que auxilia na agenda do parlamentar e cuida da coordenação de diversas atividades do gabinete.
Entre os requisitos para a função, o curso de secretariado é citado como suplementar, segundo o próprio site da Câmara, mas fé não é uma exigência.
O DCM procurou o deputado Otoni de Paula, que não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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