Garimpeiros sabem que contarão sempre com o silêncio de Moro e Damares para matar índios. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 28 de julho de 2019 às 15:15
A tribo Wajãpi

O Brasil nas mãos de bandidos empoderados por Bolsonaro e seus estafetas.

É isso o país hoje.

Milícias nas cidades e no garimpo estão bem representadas.

Um líder da aldeia Mariry, da etnia Wajãpi, no Amapá, foi assassinado a facadas no início da semana.

O cacique Emyra foi atacado enquanto voltava da casa da filha e o corpo encontrado dentro de um rio.

Um grupo de cerca de 50 garimpeiros ataca a aldeia desde a sexta-feira, dia 26.

Índios pedem, inutilmente, apoio das autoridades para retomar a propriedade.

O senador Randolfe Rodrigues gravou um vídeo denunciando o crime, secundado por Caetano Veloso, Marina Silva e outros.

“Estamos aguardando porque sem a resposta será tarde demais”, diz uma liderança Wajãpi num áudio.

“Mataram muito feio”.

Randolfe conta que “não houve nenhuma manifestação da Funai, nem foi possível contato com a Polícia Federal para ser tomada alguma providência”.

Em fevereiro, um cacique da etnia Tukano, de 53 anos, foi morto a tiros na casa em que morava em Manaus.

Homens encapuçados entraram o executaram na frente da esposa e de sua menina de 11 anos.

Não se ouve um pio de Damares Alves, a picareta dos Direitos Humanos, preocupada em construir fábricas de calcinhas no Pará.

Nada de Ricardo Salles, o ministro do Meio Ambiente, que faz propaganda da Chevrolet nas redes sociais.

Nem sombra de Sergio Moro, o comandante da Polícia Federal, que colocou seus homens para perseguir hackers em Araraquara numa ação em que ele era parte interessada.

“Mataram muito feio”.

Vão continuar matando porque contam com o fato de que nós continuaremos assistindo a tudo de braços cruzados.