Os efeitos especiais dão ás célebres festas de Jay Gatsby um ar eletrizante.

Gatsby 2013 é melhor que Gatsby 1974.
Esta é a principal conclusão a que cheguei depois de ver a nova versão. Como o filme original é excelente, você percebe quanto gostei deste remake de Baz Luhrmann.
A história do romancista FS Fitzgerald é eterna: a luta que travamos, sempre, contra o tempo, em busca dos grandes dias da juventude e da crença nas coisas.
Luhrmann foi fiel a ela.
O que ele trouxe sobre o filme antigo foram as novas possibilidades trazidas pela tecnologia. As festas pelas quais era conhecido Gatsby, com efeitos especiais, são incrivelmente fascinantes.
Você soma a isso a trilha sonora, e mais o figurino e as coreografias, e a vontade que vem é entrar na tela e se divertir naquelas festas soberbas.
Tinha dúvidas sobre se DiCaprio poderia ser um bom Gatsby. É. DiCaprio parece ter deixado de ser o eterno garoto de Titanic para se converter num bonitão em Gatsby.
Carey Mulligan, como a interesseira e frívola Daisy, também ficou muito bem. Transmitiu a Daisy uma fraqueza que não se viu em Mia Farrow.
E Tobey Maguire, o Homem Aranha, deu uma grande e dramática estatura ao narrador da história, o fiel Nick – a única pessoa que verdadeiramente gosta de Gatsby pelo que é, não pelas festas suntuosas que oferece.
Fui tão capturada pelo filme que, a certa altura, como num musical, tive o impulso de aplaudir o final de uma cena dançante.
O Gatsby de 2013 hipnotiza e faz pensar. Ele não nos deixa esquecer o quanto idealizamos o passado, o quanto corremos atrás dele – e quanta frustração colhemos nesta busca desesperada e vã.