Generais apontam erro de Augusto Heleno durante o governo Bolsonaro; saiba qual

Atualizado em 20 de outubro de 2025 às 10:02
O general Augusto Heleno e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Generais próximos a Augusto Heleno apontam, nos bastidores, o que consideram ter sido o principal erro do ex-ministro durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Para oficiais contemporâneos do militar, Heleno deveria ter deixado o governo após a entrada do Centrão, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

De acordo com esses generais, se Heleno tivesse entregue o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) naquele momento, ele poderia ter se livrado da condenação imposta no inquérito do golpe, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Aos 77 anos, o ex-ministro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 21 anos de prisão, além de 84 dias-multa, cada um equivalente ao valor de um salário mínimo.

Papel no núcleo estratégico da trama golpista

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Augusto Heleno de integrar o núcleo estratégico da organização criminosa que planejou a tentativa de ruptura democrática. Segundo a denúncia, ele teve papel ativo nas articulações e na formulação de estratégias voltadas a deslegitimar as instituições e sustentar a narrativa golpista.

Entre as provas citadas pela PGR está uma agenda apreendida na casa do general da reserva, que continha anotações de teor golpista.

Por causa da idade avançada, a defesa de Augusto Heleno pretende solicitar ao STF que a pena seja cumprida em prisão domiciliar.

Augusto Heleno durante interrogatório na Primeira Turma do STF — Foto: Foto: Ton Molina/STF
Augusto Heleno durante interrogatório na Primeira Turma do STF. Foto: Foto: Ton Molina/STF