
A defesa do general da reserva Mário Fernandes, preso desde novembro por plano para matar autoridades, afirmou que ninguém viu o documento do “Punhal Verde Amarelo” e pediu sua soltura. Seus advogados ainda alegam que a Polícia Federal não apresentou nenhum fato recente que justifique sua permanência na cadeia e que os episódios apontados pela investigação ocorreram em 2022.
O militar foi apontado como um dos autores do plano que previa matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A PF aponta que o general imprimiu o plano no Palácio do Planalto no mesmo dia em que teve um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
A defesa de Fernandes alega que o plano de assassinato de autoridades não foi apresentado a “absolutamente ninguém” e pedem que a prisão preventiva seja convertida em liberdade provisória. Os advogados também citam seu bom comportamento e pedem a imposição de medidas cautelares, como recolhimento noturno, proibição de contato com outros investigados e comparecimento semanal à Justiça.
“No caso em apreço, de início, importante pontuar que a denominada minuta ‘punhal verde e amarelo’ não foi apresentada a absolutamente ninguém, com o máximo de respeito, configurando abuso da autoridade policial vinculá-la ao ‘Copa 22’, pois segundo a investigação tratava-se de operação para execução daquele suposto ‘plano'”, diz a petição encaminhada a Moraes.

Os advogados ainda alegam que o plano era apenas um “rascunho eletrônico” e que não existia uma versão física do plano golpista. “As pessoas investigadas e inseridas no contexto da ‘Copa 22’ não tiveram conhecimento ou qualquer acesso àquele rascunho eletrônico, por isso, não poderiam, no dia 15 de dezembro de 2022, ter atuado para ‘executar’ ninguém”, prosseguem.
Mensagens obtidas pela PF, no entanto, apontam que ele falou abertamente com manifestantes golpistas que estavam acampados em quartéis do Exército e autoridades do governo. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apontou que Fernandes era um radical que teria insistido no golpe antes mesmo da conclusão do segundo turno das eleições de 2022.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line