General Heleno diz que ‘nunca foi consultado por Bolsonaro sobre golpe’

Atualizado em 21 de setembro de 2023 às 12:32
O general Augusto Heleno. Foto: Reprodução

O general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e um dos principais conselheiros militares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que nunca foi consultado sobre a hipótese de um golpe militar após a derrota do ex-capitão nas eleições de 2022.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mencionou em um de seus depoimentos de delação premiada que o ex-mandatário se reuniu no ano passado com a alta cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar para discutir detalhes de um plano de intervenção militar.

Heleno, no entanto, negou veementemente qualquer envolvimento ou conhecimento dessa suposta reunião. “Não, não. Nunca houve essa conversa no governo do presidente Bolsonaro. Desde o início, ele afirmou que seguiria as regras democráticas, e essa conversa nunca aconteceu”, declarou o general.

Além disso, o ex-ministro afirmou que não teve conhecimento de relatos de outros militares que tenham sido consultados sobre um golpe. O então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teria supostamente declarado que sua tropa estaria pronta para apoiar o ex-presidente.

Vale destacar que, no ano passado, Heleno respondeu “não” a bolsonaristas que perguntaram se “bandido sobe a rampa”, em referência ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, outros apoiadores de Bolsonaro presentes na saída do Palácio do Alvorada, em Brasília, comemoraram a fala do general com palmas e gritos.

O general também preferiu não comentar a delação premiada de Mauro Cid, que foi testemunha ocular de grande parte do governo em que serviu. Ele também expressou que não teme ser responsabilizado por eventos que possam ter ocorrido durante a administração anterior.

“Eu não tenho mais envolvimento com esses assuntos. Atualmente, estou em casa, cuidando dos meus afazeres pessoais. Não estou mais preocupado com essas questões”, concluiu Heleno.

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