Genro de pastor lobista do MEC ganhou dinheiro em negociação com Milton Ribeiro

Atualizado em 25 de junho de 2022 às 8:44
Gilmar Santos, Jair Bolsonaro e Wesley Costa de Jesus posando lado a lado
Foto: Reprodução

Wesley Costa de Jesus, genro do pastor Gilmar Santos, investigado por operar um balcão de negócios no Ministério da Educação (MEC), recebeu R$ 17 mil em negociação de evento com Milton Ribeiro. O comprovante de pagamento de transferência foi obtido pela Folha de S. Paulo e entregue à CGU (Controladoria-Geral da União) pelo empresário José Edvaldo Brito.

As informações prestadas por Edvaldo são parte do processo que serviu de base para a operação Acesso Pago, que prendeu o ex-ministro da educação, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, o ex-assessor do MEC Luciano Musse e Helder Bartolomeu, que é genro de Arilton.

Wesley obteve o pagamento no dia 5 de agosto do ano passado. No mesmo dia, Musse recebeu R$ 20 mil e Bartolomeu R$ 30 mil, também conforme comprovantes obtidos pela Folha. Os três depósitos somam o valor de R$ 67 mil citado por José Edvaldo Brito à CGU.

No entanto, a transferência feita ao genro de Gilmar Santos não foi citada na manifestação do Ministério Público Federal nem na decisão da Justiça Federal que determinou as prisões.

Wesley Costa de Jesus tem 35 anos e é casado com a filha de Gilmar Santos. O presbítero frequenta eventos religiosos e esteve com o sogro em um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, em outubro de 2020, quando o pastor divulgou nas redes sociais que o chefe do governo compareceria a um encontro evangélico em Balsas, no Maranhão, naquele mês. Mais tarde, porém, Bolsonaro desistiu da viagem alegando problemas de segurança.

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