Gilmar Mendes e Alcolumbre: os novos alvos de Eduardo Bolsonaro em Washington

Atualizado em 11 de agosto de 2025 às 8:05
O ministro Gilmar Mendes, do STF – Foto: Reprodução

Aliados de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo informações da colunista Bela Megale, do Globo, avaliam que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), estão na mira de possíveis sanções dos Estados Unidos. O deputado federal deve se reunir em Washington, na próxima quarta-feira (13), com representantes americanos para discutir o tema.

A percepção do grupo é que Gilmar Mendes pode ser alvo por não atuar para isolar Alexandre de Moraes e, ao contrário, contribuir para sua “blindagem”. Já Alcolumbre entrou no radar por se recusar a abrir processo de impeachment contra o magistrado, mesmo após a oposição reunir 41 assinaturas no Senado.

Para aliados de Eduardo, essa postura reforçou a imagem de que o senador também protege o ministro.

Interlocutores apontam que integrantes da gestão de Donald Trump passaram a considerar Alcolumbre mais um aliado de Moraes. Segundo relatos, a negativa em avançar com o impeachment foi decisiva para incluí-lo nas conversas sobre possíveis medidas. O movimento é visto como parte de uma estratégia para pressionar autoridades brasileiras alinhadas ao STF.

Davi Alcolumbre, presidente do Senado – Foto: Reprodução

Eduardo Bolsonaro afirmou a interlocutores que, no fim de julho, atuou para retirar Gilmar Mendes e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, da lista de sanções da Lei Magnitsky. Segundo ele, o objetivo era “dar mais tempo” para que ambos reconsiderassem suas posições em processos contra Jair Bolsonaro e no debate sobre anistia.

No entanto, fontes ligadas ao STF afirmam que a Corte interpretou a movimentação de Eduardo como uma nova ameaça, sem qualquer efeito positivo nas relações.