Glauber Braga e aliados denunciam Hugo Motta à PGR por violência política

Atualizado em 11 de dezembro de 2025 às 11:54
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Foto: Reprodução

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e outros parlamentares acionaram criminalmente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), na Procuradoria-Geral da República (PGR), acusando-o de ser o “mandante das ações agressivas e truculentas” da Polícia Legislativa durante a sessão desta terça-feira (9). Com informações da revista Veja.

A representação foi protocolada na última quarta-feira (10) e pede investigação por “lesão corporal” e “violência política de gênero”. Assinam a denúncia, além de Glauber, as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Célia Xakriabá (PSOL-MG), e os deputados Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) e Rogério Correia (PT-MG).

O grupo solicita que a PGR exija da Câmara o envio dos registros de vídeo, áudio e transmissão da sessão interrompida, além da identificação completa dos policiais legislativos envolvidos.

A agressão e a retirada do plenário

Glauber Braga foi retirado à força da cadeira da Mesa Diretora na noite de terça, após se recusar a deixar o local em protesto contra a decisão de Hugo Motta de pautar a votação de sua cassação.

Durante a ação, houve empurrões contra o deputado e também contra jornalistas que acompanhavam a movimentação. A TV Câmara interrompeu a transmissão no momento da retirada.

Suspensão do mandato

Na quarta-feira (10), a Câmara decidiu suspender Glauber Braga por seis meses, substituindo a cassação sugerida pelo Conselho de Ética. A mudança foi proposta em emenda do PT, aprovada por 318 votos a 141, com 3 abstenções. A Resolução 32/25 formalizou a punição.

O processo foi iniciado após acusação do partido Novo, que afirmou que o deputado quebrou o decoro ao expulsar, com empurrões e chutes, o influenciador Gabriel Costenaro, então do MBL, das dependências da Câmara em abril de 2024.