
A presidente nacional do PT e deputada Gleisi Hoffmann (PR) criticou o relatório da ONG lavajatista Transparência Internacional, que divulgou um relatório sobre uma piora na percepção sobre a corrupção no Brasil durante o governo Lula. A petista aponta que a entidade “tem longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT” e “passou dos limites” como novo documento.
Segundo a ONG, o Brasil caiu dez posições e ficou em 104º lugar no IPC (Índice de Percepção da Corrupção) em 2023. No relatório, a pontuação do país passou de 38 pontos para 36 – em um ranking que vai de 0 (mais corrupto) até 100 (o mais íntegro) – no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula.
Entre as causas da piora na percepção sobre a corrupção, a ONG cita a indicação de Cristiano Zanin, ex-advogado do presidente Lula, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para Gleisi, isso mostra que a entidade é uma “oposição política” ao presidente.
“Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flavio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR, revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT. Queriam que Lula indicasse procurador-geral e ministros lavajatistas?”, questiona.

A Transparência Internacional é uma ONG lavajatista e já foi investigada por sua relação com a força-tarefa. Ela já foi denunciada por supostamente ter firmado contratos com a força-tarefa, que não passaram por órgãos de controle brasileiros, que transferiram à organização poderes de decisão e interferência sobre cerca de R$ 5 bilhões oriundos de acordos de leniência assinados por empresas acusadas de corrupção.
Gleisi afirma que a ONG “de transparente só tem o nome” e pede que a entidade explique quem financia seus trabalhos. “Expliquem antes quem financia vocês, abram suas contas, expliquem os negócios em que se envolveram com Moro e Dallagnol. Poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava Jato quanto a tal Transparência Internacional, que de transparente só tem o nome”, prossegue.
A petista avalia que a ONG foi “cúmplice” do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR) e do ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol na perseguição ao presidente.
“As investigações sérias revelaram que a TI foi não apenas cúmplice de Sergio Moro e Dallagnol na perseguição a Lula e ao PT: seus dirigentes tornaram-se sócios nas tentativas da dupla de se apropriar de recursos públicos ilegalmente, o que foi felizmente barrado pelo STF”, completa.
ONG Transparência Internacional tem longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT, mas no relatório anual divulgado ontem passaram dos limites. Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flavio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 30, 2024