Gleisi dá invertida em Bolsonaro após ataque: “Nós buscamos a Justiça, ele tentou dar um golpe”

Atualizado em 13 de julho de 2025 às 11:42
ministra Gleisi Hoffmann de vestido estampado, sentada, com expressão pensativa
A ministra Gleisi Hoffmann – Divulgação/SRI

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu neste domingo (13) uma provocação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. O inelegível resgatou um vídeo de 2018 em que Gleisi criticava o uso de disparos em massa e fraudes digitais, numa tentativa de comparar aquele episódio às acusações que enfrenta por atacar o sistema eleitoral e conspirar contra a democracia após ser derrotado por Lula em 2022. Gleisi reagiu afirmando que Bolsonaro “mente mais uma vez” e destacou que o PT sempre recorreu à Justiça para denunciar crimes eleitorais.

No X (antigo Twitter), Gleisi lembrou que o PT acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar os crimes cometidos pela campanha bolsonarista em 2018, ao contrário de Bolsonaro, que preferiu desacreditar o sistema de votação e tentar um golpe. Na ocasião, o partido denunciou o financiamento ilegal de disparos em massa pelo WhatsApp, que espalharam fake news contra os candidatos petistas.

“Jair Bolsonaro, postando um vídeo meu de 2018, mente mais uma vez, ao tentar comparar sua tentativa de roubar as eleições de 2022 com a denúncia que fizemos de sua campanha de fraudes na internet, nas eleições de 2018. A principal diferença é que nós fomos buscar o direito na Justiça e Bolsonaro tentou dar um golpe contra a eleição de Lula”, escreveu a ministra.

“A pedido da nossa coligação, o TSE abriu duas Ações de Investigação Eleitoral sobre os disparos em massa pelo WhatsApp financiados ilegalmente pela campanha de Bolsonaro, espalhando mentiras e acusações falsas contra candidatos do PT. E mesmo não tendo decretado a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, o TSE concluiu em 2021 que nossa denúncia era verdadeira”.

Em sua publicação, Gleisi ainda citou trecho do relatório do TSE: “Inúmeras provas de natureza documental e testemunhal corroboram a assertiva de que, no mínimo desde o ano de 2017, pessoas próximas ao hoje presidente da República atuavam de modo permanente, amplo e constante na mobilização digital de eleitores, tendo como modus operandi o ataque a adversários políticos, a candidatos e, mais recentemente, às próprias instituições democráticas.”

Apesar de o TSE não ter cassado a chapa Bolsonaro-Mourão, a Corte reconheceu que as denúncias apresentadas pelo PT tinham amplo respaldo em provas e testemunhos. Bolsonaro, tentou minimizar as acusações ao afirmar: “Mais uma vez um nome da esquerda declara fraude eleitoral – e nada acontece”, numa tentativa de distorcer a realidade dos fatos e confundir a opinião pública.

As ações da Justiça Eleitoral, desde então, buscam proteger a integridade do processo democrático, combatendo o abuso do poder digital e o financiamento ilegal de campanhas. Bolsonaro segue inelegível e enfrenta investigações por sua participação na tentativa de golpe de 2022. O governo Lula e as forças progressistas permanecem vigilantes diante das ameaças da extrema direita, reforçando o compromisso com a democracia e o respeito às instituições brasileiras.