
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quinta-feira (18/9) o União Brasil após a sigla divulgar nota associando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às denúncias contra o dirigente Antonio Rueda. O presidente do partido foi citado em investigações da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, sobre suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade”, escreveu Gleisi em sua conta no X.
A decisão da Executiva Nacional do União Brasil antecipou o desembarque da legenda do governo Lula. Os filiados foram orientados a deixar os cargos em até 24 horas, antes do prazo inicial, que se estendia até o fim do mês. A medida afeta diretamente o ministro do Turismo, Celso Sabino, que permanece em situação indefinida.
Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal. Aliás, não é a primeira vez que fazem isso. O que não…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 18, 2025
Segundo apuração do ICL e do UOL, Rueda teria ligação com aeronaves utilizadas em um esquema de lavagem de dinheiro do PCC nos setores financeiro e de combustíveis. O dirigente, no entanto, negou as acusações e afirmou que se trata de uma perseguição política.
“Estou sendo alvo de ilações irresponsáveis e sem fundamento. Não há qualquer lastro fático. O que há, sim, é um pano de fundo político nestas leviandades que estão sendo orquestradas, usando-se uma operação policial séria, para atacar adversários”, disse Rueda. A Executiva do União manifestou apoio público ao presidente da sigla.
Enquanto o impasse prossegue, o Planalto avalia alternativas para manter Celso Sabino no governo. Uma das possibilidades em discussão seria o ministro se licenciar do partido. Até o momento, ele não se manifestou sobre sua permanência.