Globo chama massacre de palestinos famintos de “confusão” e “entrega caótica”

Atualizado em 29 de fevereiro de 2024 às 15:40
Chamadas do G1 e da Globo, que foram apagadas após repercussão negativa. Foto: reprodução

Nesta quinta-feira (29), o Exército de Israel iniciou um tiroteio contra civis palestinos que aguardavam a distribuição de alimentos e ajuda humanitária na Faixa de Gaza deixando ao menos 112 mortos. O que a mídia internacional repercutiu como massacre ou chacina, o G1 afirmou ser uma “confusão” e o jornal O Globo uma “entrega caótica”.

Logo que a notícia foi publicada nas redes sociais, usuários afirmaram que a emissora é condizente com o genocídio em Gaza. Segundo relatos veiculados na CNN e no El Pais, após os disparos de soldados israelenses que mataram parte dos palestinos, os caminhões saíram em disparada do local atropelando outras vítimas. Não se sabe qual seria a proporção de mortes por tiros ou atropelamento.

Na sequência, o G1 apagou as publicações das redes sociais e compartilhou novamente a notícia, mas com uma nova chamada, sem dar uma classificação sobre o ataque: “Distribuição de comida tem mais de 100 mortos em Gaza; Hamas acusa Israel”.

A Globo, porém, não conseguiu fugir da repercussão negativa, uma vez que vídeos gravados por drones mostram a chacina cometida pelos israelenses.

Na matéria publicada pelo Globo, o título continua falando em “ajuda caótica” e tenta atribuir as mortes à confusão generalizada e a atropelamentos, versão dada pelas Forças de Defesa de Israel.

“Nesta manhã, caminhões de ajuda humanitária entraram no norte de Gaza, os residentes cercaram os veículos e saquearam os mantimentos. Como resultado dos empurrões, pisoteios e atropelamentos, dezenas de habitantes de Gaza foram mortos e feridos”, tentou justificar o exército sionista.

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