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POR MARIO MARONA
Drauzio Varella pode ter sido ingênuo ao não indagar um pouco mais sobre os personagens que participariam do seu quadro no Fantástico. Ao menos por curiosidade.
Mas a TV Globo não tem direito a este atenuante.
Foi incompetente, amadora e colocou o âncora do seu programa numa fria.
A nota lida pelo Fantástico ontem, tentando se explicar e roubando o argumento de médico de Drauzio prova isto.
É quase inacreditável que a produção do jornalismo da emissora não tenha apurado em detalhes e informado aos editores quem eram os personagens que haviam escolhido para o quadro. E, se os produtores fizeram isto, os chefes demonstraram imperdoável e irresponsável incapacidade de tomar decisões sobre o que levam ao ar.
Drauzio tem razão ao afirmar que, como médico, não lhe cabe escolher quem vai acolher ou abraçar. Mas a Globo não pode ser perdoada por ter cometido erro tão grave em sua produção jornalística.
Medicina e jornalismo são profissões diferentes, com critérios e conceitos distintos.
*Mário Marona foi editor-chefe do Jornal Nacional