Golpe boliviano foi derrotado nas urnas. Por Fernando Brito

Atualizado em 19 de outubro de 2020 às 8:34
O economista Luis Arce venceu a eleição boliviana no primeiro turno. (Ronaldo Schemidt/AFP)

Originalmente publicado por TIJOLAÇO

Por Fernando Brito

Um ano depois da derrubada de Evo Morales, as urnas devolveram a Bolívia à normalidade democrática.

As contagens rápidas, baseadas em projeções da apuração das urnas mostram uma incontestável vitória do Movimiento Al Socialismo, o partido de Evo Morales.

Luís Arce, ministro da Economia de toda a sua gestão, ganhou por uma diferença incontestável de mais de 20% dos votos, muito mais do que previam as pesquisas feitas com uma população amedrontada por um regime ilegítimo que, desde outubro passado, assumiu o poder naquele país.

Foi dele a formulação das políticas que fizeram a economia boliviana ser uma das que mais cresceram na América Latina.

As pesquisas, para variar, apontavam um segundo turno e a vitória do candidato da direita na votação entre eles.

A urnas estão mostrando o contrário.

Mais diretamente: as urnas mostram que o golpe, é evidente, foi um golpe.

Num tempo em que voltamos ao passado, em que um governo com prioridades sociais, além delas, tem que se cuidar do golpismo.