Golpe na Coreia do Sul: ainda estamos sob risco. Por Chico Teixeira

Atualizado em 3 de dezembro de 2024 às 19:50
Manifestantes contrários à lei marcial imposta por Yoon se reúnem na frente da Assembleia Nacional, em Seul. Foto: Soo-hyeon Kim/Reuters

Por Chico Teixeira

Temos que analisar cinco pontos:

1. Os EUA possuem 28.500 tropas na Coreia do Sul, um país dependente da presença militar americana.

2. Os oficiais sul-coreanos são formados em escolas e academias militares americanas e, assim como os brasileiros, mantêm um fluxo constante de intercâmbio de todos os tipos.

3. A burocracia norte-americana e seus representantes mentem regularmente sobre seus propósitos em política externa.

4. Não é razoável que dois serviços de inteligência de ponta, o sul-coreano e o norte-americano, não se consultassem e não percebessem os movimentos de preparação do golpe.

5. Se os EUA não quisessem o golpe, isso teria sido expresso na preparação do movimento.
Devemos, também, registrar a larga autonomia do “Estado Profundo” na área de Segurança Internacional.

O golpe coreano, assim como seria o golpe brasileiro, é uma tremenda arma de pressão norte-americana sobre a China Popular. É isso que interessa a Trump e seus formuladores de política de Defesa e Segurança Internacional.

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Historiador e Cientista Político formado em História e Educação pela UFRJ, com estudos de Pós Graduação na UFF, USP, na Frei Universität Berlim, na Technische Universität Berlin e na La Sapienza.