Golpismo, corrupção e injúria: conheça os processos que mais atormentam Bolsonaro

Atualizado em 10 de fevereiro de 2023 às 19:03
O ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

Entre os cerca de 100 processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas diversas instâncias judiciais, há quatro frentes de investigação que são consideradas mais graves e mais suscetíveis de condenação, de acordo com o mapeamento feito por aliados preocupados com a sobrevivência política do ex-presidente.

Segundo a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, são processos já em curso, e não pedidos de investigação, como os enviados nesta sexta-feira (10) para a primeira instância pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Dessas ações, as consideradas mais perigosas se referem às agressões verbais do ex-presidente contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS), em 2014. Bolsonaro é réu no STF por injúria e apologia ao estupro por ter afirmado que a parlamentar é “feia” e “não merece ser estuprada”.

Essas ações penais ficaram suspensas durante a presidência de Bolsonaro, já que ele não poderia ser responsabilizado criminalmente por atos anteriores ao mandato.

O ministro Dias Toffoli, relator do caso, deve mandá-las para a primeira instância nas próximas semanas. A leitura de aliados de Bolsonaro é que a condenação não só é inevitável, como deve reforçar as acusações de que o ex-presidente é machista e misógino, criando um fato político a ser questionado pelo PT.

A segunda frente de investigação que representa risco para Bolsonaro é a ação de improbidade administrativa envolvendo a ex-secretária Wal do Açaí, acusada de ser funcionária fantasma de seu gabinete na Câmara Federal. Wal foi secretária parlamentar de Bolsonaro na Câmara de 2003 a 2018, mas segundo o Ministério Público, não ia para a capital nem para assinar o ponto em Brasília.

A terceira frente de investigação diz respeito aos desdobramentos dos atos terroristas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas extremistas invadiram e depredaram a sede dos três poderes em Brasília.

E há também as investigações dos inquéritos dos atos antidemocráticos e das milícias digitais, que tramitam no Supremo sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Por último, a quarta frente é a que aborda as responsabilidades de Bolsonaro sobre a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, com a fome, desnutrição, malária e proliferação de verminoses.

A Polícia Federal abriu um inquérito no último dia 25 para apurar se houve crime de genocídio contra os yanomamis de Roraima, além de crimes ambientais e omissão de socorro.

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