“Golpista”: os fiscais do Sion deram a FHC o tratamento merecido. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 3 de outubro de 2016 às 13:27
"Golpistas"
“Golpistas”

 

FHC ouviu o que mereceu ao votar no colégio Sion, em Higienópolis, o bairro da “gente diferenciada”, na imortal definição de uma moradora.

Dois fiscais o chamaram de “golpista” na seção. O secretário Floriano Pesaro, um puxa saco, classificou a atitude de “sintoma de desespero”.

Eram “militantes”.

Foi, isto sim, coragem e desprendimento.

Ainda não se sabe o nome deles, mas deram a Fernando Henrique o tratamento do qual Temer fugiu, numa manobra patética em sua agenda.

O ex-presidente pôde entrar acompanhado de sua entourage e da imprensa. Em Porto Alegre, Dilma foi proibida por um juiz subcelebridade de rede social de fazer a mesma coisa.

FHC, que queria Andrea Matarazzo com candidato, declarou seu apoio a Doria.

“O PSDB é a favor da democracia e pela continuidade dela, e o Dória representa o PSDB”, disse o sujeito que batalhou por um impeachment vagabundo, deu sustentação a um discurso antidemocrático e atirou o Brasil nos braços de Michel Temer e de uma crise institucional.

Homens como ele são dispensáveis. Precisamos de mais fiscais eleitorais como os do Sion para que isso fique cada vez mais claro.

 

Kiko Nogueira
Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.