Governador bolsonarista de SC esconde pedido de ajuda a deputados do PT; entenda

Atualizado em 2 de maio de 2024 às 19:55
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O governador bolsonarista de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), recorreu a deputados do PT para mediar uma crise com professores do estado que fazem greve. Após o pedido de ajuda vir à tona, ele negou o encontro para evitar um desgaste em sua base.

Jorginho esteve em uma rodada de conversa com os parlamentares e sindicalistas que se manifestam em frente à sede do Executivo na última terça (30). Ontem, os secretários recém-nomeados Vânio Boing (Administração) e Marcelo Mendes (Casa Civil) também se reuniram com os dois petistas e quatro líderes sindicais.

Após a negociação, o governo não publicou qualquer comunicado sobre o encontro, que ocorreu em portas fechadas, e ainda negou uma possível intermediação de parlamentares da oposição. Posteriormente, a assessoria de Jorginho alegou que os dois só estiveram na reunião porque faziam parte do protesto.

Os deputados petistas Fabiano Luz, líder do partido na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), e Luciane Carminatti, presidente da Comissão de Educação, afirmam que foram chamados pelo governo para organizar o encontro.

O secretário de Comunicação do governo catarinense, João Paulo Gomes, alega que o chefe da Casa Militar, o coronel José Eduardo Vieira, apenas “atendeu o pedido dos manifestantes”. Segundo ele, os grevistas solicitaram que os parlamentares do PT fossem recebidos e atuassem como seus representantes.

Greve de professores em Santa Catarina. Foto: Reprodução

A greve teve início no dia 23 de abril e os professores protestam contra a aplicação de um desconto de 14% nas aposentadorias e a falta de um plano de carreira, e pedem a realização de um novo concurso público.

Segundo Carminatti, nenhuma proposta foi apresentada pelo governo nas reuniões. “O governo está intransigente. Quer acabar com a greve, mas não apresenta nada de concreto”, afirmou a deputada. O governo alega que a reivindicação do setor é “absolutamente inviável”.

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