Governador do RJ quer nomear Eduardo Bolsonaro como secretário para evitar cassação

Atualizado em 22 de julho de 2025 às 12:20
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ). Foto: Reprodução

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), estuda nomear Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para uma secretaria especial de seu governo nos Estados Unidos, com o objetivo de ajudá-lo a evitar a cassação do mandato de deputado federal, conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

A pasta seria criada exclusivamente para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente corre o risco de perder o cargo por excesso de faltas.

Eduardo está licenciado da Câmara há 120 dias, prazo que expirou no último domingo (20). Com isso, ele voltou automaticamente ao exercício do mandato a partir desta segunda (21), mas a ausência prolongada ameaça sua permanência no cargo.

A nomeação para uma função executiva estadual abriria novamente a possibilidade de licença, afastando o risco imediato de cassação.

Nos bastidores, Castro já sondou aliados e lideranças em Brasília sobre a repercussão da medida e deve tomar uma decisão nas próximas horas. A proposta teria sido discutida com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo o governador, a prioridade da família Bolsonaro é impedir que Eduardo perca o mandato no Congresso.

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

Eduardo permanece nos Estados Unidos, onde atua para que o governo Trump aumente as sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), numa tentativa de pressionar pela suspensão dos processos que atingem seu pai, Jair Bolsonaro (PL).

O filho “03” do ex-presidente, porém, é alvo de investigação no STF por coação no curso do processo, obstrução de justiça e atentado à soberania nacional. Castro também já foi alertado de que a nomeação pode trazer problemas jurídicos para ele.

A possibilidade de nomeá-lo para cargos em outras administrações estaduais, como a de Tarcísio de Freitas em São Paulo ou a de Jorginho Mello em Santa Catarina, também foi cogitada, mas apenas Castro teria avançado, de fato, com a proposta.