Para corrigir excesso de gastos, o Ministério da Economia anunciou que pretende bloquear R$ 1,722 bilhão em despesas discricionárias no Orçamento do governo de 2022. Os números são do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do 1º bimestre de 2022″ do Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.
O documento foi divulgado nesta terça-feira (22), pelo secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério, Esteves Colnago, em coletiva à imprensa. Pasta não informou onde o corte será aplicado, mas avalia crédito extraordinário para Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Sobre o Auxílio Brasil, secretário foi enfático: “Hoje governo não tem espaço para aumentar”.
Durante a coletiva, o Ministério da Economia divulgou ainda o aumento da projeção das despesas primárias, “com destaque para as despesas relativas a subsídios e subvenções, o que gerou um excesso de R$1,72 bilhão em relação ao limite do teto de gastos para o poder executivo”. Por essa razão, segundo a pasta, a despesa primária do poder executivo deverá er limitada em igual valor.
A pasta informou ainda que projeta redução do deficit primário para 2022 de R$ 76,16 bilhões para R$ 66,90 bilhões, passando de 0,80% para 0,69% do Produto Interno Bruto.
Já projeção da equipe econômica para as receitas primárias totais em 2022 passou de R$ 2,030 trilhões para R$ 2,118 trilhões.
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Proagro e Plano Safra ainda precisam de recursos adicionais
Durante a coletiva, o secretária da pasta informou ainda a necessidade de R$2,9 bilhões de para o Proagro. “Essa é uma conta que o Banco Central ainda está refinando. A gente não tem um número definitivo em relação a isso”, disse.
O secretário destacou também a necessidade de recursos para o Plano Safra de 2022/2023. “A gente precisa entender quais as justificativas para a falta de recursos”, concluiu.