Governo Bolsonaro faz 29,4% da população mergulhar na pobreza e 1% ficar milionária

Atualizado em 4 de dezembro de 2022 às 13:52
Jair Bolsonaro com faixa de presidente, olhando para cima
Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução/Instagram

De janeiro de 2019 a dezembro de 2021, período que corresponde aos três primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), a desigualdade social aumentou no Brasil. De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de milionários bateu recorde, mas também foi grande a quantidade de pessoas que mergulharam na pobreza.

Dados divulgados pela Folha de S.Paulo apontam que, no mandato do político do Partido Liberal, o país registrou 2,1 milhões de pessoas com rendimentos anuais acima de R$ 1 milhão. Esse número corresponde a cerca de 1% da população e 562 mil brasileiros entraram para esse grupo. Outros 29,4% de brasileiros, cerca de 62,5 milhões de pessoas, mergulharam na pobreza.

Já entre 2003 e 2014, período que corresponde aos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o primeiro de Dilma Roussef (PT), os milionários passaram de 18,5 mil para 19,8 mil, estando concentrados em estados como SP, RJ, MG, RS e PR. Na época, esse grupo representava 0,1% da população e começou a crescer após o impeachment da ex-presidente, em 2016.

Tanto Michel Temer (MDB) quanto Jair Bolsonaro conduziram políticas pró mercado e os estados que mais registraram novos endinheirados foram Roraima e Rondônia, apesar de o maior número de milionários continuar concentrado em São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com especialistas, o crescimento do número de brasileiros que apresenta rendimentos anuais acima de R$ 1 milhão se deve à expansão agrícola no país, quando a fortuna relacionada a esse setor foi interiorizada e permitiu que marcas de luxo diversificassem suas vendas.

Cientistas políticos também consideram que a nova geografia da riqueza, concentrada em locais do agronegócio, explica o fato de o conservadorismo ter se fortalecido nesses estados, culminando com a preferência por Jair Bolsonaro, com exceção do Maranhão, onde a quantidade de milionários aumentou, mas Lula obteve vantagem.

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