
Na noite desta segunda-feira (11), o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota repudiando o assassinato de seis jornalistas palestinos na Faixa de Gaza, cometido pelas forças israelenses no último domingo (10). Cinco dos profissionais trabalhavam na rede de TV Al Jazeera, enquanto o outro era repórter fotográfico freelancer e colaborava com diferentes veículos internacionais.
A Al Jazeera classificou o episódio como parte de um esforço contínuo para justificar ataques a seus profissionais, enquanto o Comitê para a Proteção dos Jornalistas contabiliza 186 mortes de repórteres desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023. Já o governo Brasileiro, cobrou as autoridades de Israel a assegurar aos profissionais o direito de desempenhar livremente e em segurança seu trabalho em Gaza:
O governo brasileiro condena com veemência o assassinato de seis jornalistas palestinos da rede Al-Jazeera, na Faixa de Gaza, Estado da Palestina, em ataque perpetrado pelas forças israelenses na noite de 10 de agosto. Os jornalistas foram atingidos por um ataque aéreo quando se encontravam em uma tenda junto ao hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza.
O novo ato de flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito. A cifra é eloquente quanto às sucessivas violações cometidas no período contra profissionais de imprensa.
O Brasil insta o governo de Israel a assegurar aos jornalistas o direito de desempenhar livremente e em segurança seu trabalho em Gaza, bem como a levantar restrições vigentes à entrada de profissionais da imprensa internacional no território.
Crowds of Palestinians have attended the funerals of five Al Jazeera journalists assassinated by Israel in a targeted attack on their press tent outside al-Shifa Hospital in Gaza City. pic.twitter.com/H49Hc8PLxL
— Al Jazeera English (@AJEnglish) August 11, 2025