Governo de SP: Alckmin lidera com Haddad em 2º, diz Datafolha

Atualizado em 18 de dezembro de 2021 às 14:54
Alckmin, Haddad, França
Pesquisa Datafolha em SP

A mais recente pesquisa do Datafolha sobre a eleição para a sucessão de João Doria no governo paulista explicita o peso da articulação em curso para atrair o ex-governador Geraldo Alckmin para a vaga de vice na chapa presidencial de Lula.

Os três envolvidos na negociação com interesses locais lideram a corrida para o Palácio dos Bandeirantes: em três cenários diferentes, pontuam à frente Alckmin, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad e o ex-governador Márcio França.

O Datafolha projetou os cenários após ouvir 2.034 eleitores de 13 a 16 de dezembro, em 70 municípios do estado. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. João Doria foi escolhido pré-candidato a Presidência pelo PSDB, e descarta concorrer à reeleição como governador.

Na hipótese A, Alckmin lidera com 28%, seguido por Haddad 19%, França 13%, Guilherme Boulos 10%, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas 5%, Arthur do Val 2% e a dupla Vinicius Poit e Abraham Weintraub com 1%. Brancos e nulos somam 16%, e 4% não opinaram.

Essa conjuntura parece difícil de resistir às articulações, não só sobre Alckmin; Boulos e Haddad também podem entrar em algum tipo de acordo envolvendo a chapa nacional.

No cenário B, considera-se que Alckmin deixou a corrida, mas França e Boulos permanecem. Aqui, o ex-prefeito petista lidera com 28%, acima dos 23% registrados há três meses.

Já França permanece com 19%, Boulos oscila de 13% para 11%, Tarcísio, de 6% para 7%, Garcia, de 5% para 6%, Arthur do Val, de 5% para 3%, Weintraub, de 2% para 1%, e Poit fica em 1%. Os votos brancos e nulos são 21%, e 4% não responderam.

No cruzamento de dados, 30% dos eleitores do ex-governador escolhem Haddad, 19% França, e 13% Garcia.

Na pesquisa, o instituto testou um novo cenário, simulando um acordo em que Alckmin e Haddad deixam a corrida, supondo aqui que o ex-prefeito talvez concorra ao Senado, como defende o PSB e como rejeita majoritariamente o PT.

Nele, o ex-governador França assume a posição de liderança com os mesmos 28% dos rivais, seguido por Boulos com 18%. Tarcísio 9% empata novamente com Garcia 8%, ambos se descolando do pelotão de trás —Arthur do Val fica com 4%, Weintraub, 2%, e Poit, 1%.

Aqui, o butim do eleitorado alckmista é dividido por França 32%, que foi seu vice e é um aliado próximo, Garcia 18% e Boulos 10%. Entre os eleitores do ex-prefeito paulistano, 30% vão de França e 30%, com o nome do PSOL.

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Pesquisa espontânea

Além de Alckmin, Haddad e França, outro nome que chama a atenção é o do ministro da Infraestrutura, Tarcísio, que é o candidato preferido do presidente Jair Bolsonaro. Ele ainda não decidiu por qual partido deve concorrer.

Na pesquisa espontânea, por exemplo, Tarcísio pontua com 2%, o mesmo que Boulos e França, empatado tecnicamente com Alckmin 3%, Haddad 3% e Doria 4%; aqui o entrevistado responde sem um cartão com nomes, daí o atual governador aparecer.

Em termos de perfil de eleitorado, sem grandes surpresas. Tomando o cenário mais amplo, o A, como base, Alckmin vai melhor entre os menos instruídos 33%, moradores do interior 33% e mais pobres 31%.

Já no cenário liderado por Haddad, o petista pontua melhor entre jovens de 16 a 24 anos 31% e entre quem ganha até 2 salários mínimos 33%.

Naquele em que França está na frente, a intenção de voto é bastante homogênea, com pior desempenho entre jovens 20% e mais ricos 21%.

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