
O Padre Júlio Lancellotti e o grupo Prerrogativas, formado por juristas progressistas, estão entre os vencedores da edição 2025 do Prêmio Estadual de Direitos Humanos, promovido pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). A escolha reconhece entidades e personalidades que se destacaram na defesa da dignidade, da democracia e da cidadania em São Paulo.
A premiação é considerada uma das mais importantes do estado e tem como objetivo valorizar iniciativas que atuam em prol dos direitos fundamentais. A cerimônia de entrega será realizada em 15 de dezembro, em evento organizado pela Secretaria da Justiça e Cidadania em parceria com o Condepe, reunindo lideranças sociais, representantes do poder público e organizações da sociedade civil.
Padre Júlio Lancellotti foi escolhido na categoria Personalidade, como “símbolo de resistência e solidariedade, referência nacional na defesa das pessoas em situação de rua e na luta pela dignidade humana”, segundo o texto oficial da premiação. O trabalho do religioso à frente da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo é reconhecido por sua atuação diária em políticas de acolhimento, combate à fome e promoção da inclusão social.

O grupo Prerrogativas venceu na categoria Entidade, por sua “defesa do Estado Democrático de Direito, da justiça social e dos direitos fundamentais, com ampla atuação pública e institucional”. O coletivo reúne advogados, professores e juristas que se tornaram uma das principais vozes em defesa da Constituição e dos direitos humanos, atuando em debates públicos, ações judiciais e campanhas sociais de alcance nacional.
Outro destaque da edição foi o Coletivo Pablo Olalla Gonzales, vencedor na categoria Experiência e Ação Social. O grupo foi reconhecido por preservar “a memória e o legado do militante de direitos humanos Pablo Olalla Gonzales, promovendo ações culturais, educativas e comunitárias voltadas à cidadania e aos direitos humanos”.
Segundo o Condepe, a escolha dos premiados reflete o compromisso com a consolidação de uma sociedade mais justa e igualitária. “Os vencedores demonstram, com suas trajetórias, a força da solidariedade, da empatia e da defesa dos direitos humanos em um momento desafiador para o país”, destacou o conselho em nota.