Governo do RS planeja “cidades temporárias” para 77 mil desabrigados; entenda

Atualizado em 16 de maio de 2024 às 17:58
Porto Alegre é um dos quatro municípios que terá ‘cidade provisória’ criada pelo governo. Foto: Diego Vara/Reuters

Em meio à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, o governo estadual está se mobilizando para oferecer abrigo e assistência às milhares de pessoas que tiveram de sair de suas casas. Segundo o vice-governador, Gabriel Souza (MDB), o plano é construir “cidades provisórias” em quatro municípios, a fim de acolher parte dos 77 mil desalojados pela catástrofe.

Em entrevista ao UOL, Souza revelou que a contratação das empresas responsáveis pela montagem desses espaços está prevista para ser concluída até a próxima semana. Ele enfatizou a urgência em pressionar os fornecedores para entregarem as estruturas o mais rápido possível, sem estabelecer um prazo específico para a conclusão do projeto.

“Estamos buscando soluções rápidas e eficazes para oferecer abrigo digno às pessoas afetadas pelas enchentes”, destacou Souza. Ele explicou que as “cidades provisórias” serão erguidas nos municípios de São Leopoldo, Porto Alegre, Canoas e Guaíba, abrangendo áreas que concentram 67% dos desabrigados.

Esses espaços temporários serão dotados de estruturas adequadas para oferecer conforto e dignidade às famílias desabrigadas. “Nosso objetivo é construir cômodos familiares e espaços coletivos, como cozinhas e lavanderias, para garantir condições mínimas de qualidade de vida”, ressaltou o vice-governador.

Além disso, Souza revelou que os fornecedores serão contratados de maneira emergencial para prover itens essenciais, como chuveiros, produtos de lavanderia e espaços para convivência social, incluindo áreas destinadas aos pets.

“É importante que esses espaços provisórios proporcionem um ambiente acolhedor, onde as pessoas possam se sentir seguras e confortáveis, inclusive para desfrutar de momentos de lazer, como tomar um chimarrão”, enfatizou.

Gabriel Souza, vice-governador do RS, ao lado de Eduardo Leite. Foto: reprodução

Apesar da urgência em oferecer abrigo às vítimas das enchentes, Gabriel destacou a necessidade de uma atuação coordenada entre os diferentes órgãos governamentais e a sociedade civil. Porém, o vice-governador também aproveitou o tema para defender a pauta de “menos estado”, criticando a burocracia para a regulamentação de processos que, segundo ele “acabam sendo mais vagarosas para o que se precisa”.

“A tragédia no Rio Grande do Sul nos mostra a urgência de repensar nossas estratégias de enfrentamento a desastres naturais e aprimorar nossas políticas de prevenção e resposta”, afirmou Souza. Ele ressaltou que a reconstrução do estado exigirá esforços conjuntos e investimentos tanto do governo estadual quanto do governo federal.

Nesse sentido, a nomeação de Paulo Pimenta como autoridade federal para representar a União no RS é vista como um passo importante, embora tenha sido criticada por membros do PSDB, partido do governador, Eduardo Leite.

“Precisamos de uma atuação integrada e coordenada entre os diferentes níveis de governo para garantir uma resposta eficaz e rápida às necessidades da população afetada pelas enchentes”, concluiu Souza.

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