
A viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos nos últimos dias do seu mandato já custou ao menos R$ 950 mil aos cofres públicos. O ex-capitão deixou o Brasil dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com os dados consultados pela Folha de S.Paulo obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) e informações do Portal da Transparência, R$ 667,5 mil desse total envolvem diárias e hospedagens (R$ 299 mil), aluguel de veículos (R$ 338 mil) e intérpretes (R$ 39,4 mil), de quando Bolsonaro ainda era presidente.
Outros R$ 271 mil foram pagos em diárias para os assessores que ficaram com o ex-chefe do Executivo após ele deixar a Presidência. Também receberam em diárias Sergio Cordeiro (R$ 73,6 mil), Marcelo Câmara (R$ 69 mil), e Max Guilherme (R$ 64,5 mil). Ricardo Dias e Osmar Crivelatti receberam cada um R$ 32,1 mil.
No entanto, esses servidores não moram em Orlando. Diante disso, eles recebem diárias além dos respectivos salários. Vale destacar que a conta não contempla gastos com o voo para os EUA, feito em avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Como ainda era presidente, Bolsonaro se beneficiou até 1º de janeiro de todas as prerrogativas do cargo para realizar a viagem aos EUA. A data de retorno do ex-presidente para o Brasil ainda é incerta. Em entrevista ao Wall Street Journal, ele afirmou que voltará ao país em março para “liderar a oposição a Lula”.