Governo Lula anuncia decreto de GLO em portos e aeroportos de SP e RJ

Atualizado em 1 de novembro de 2023 às 16:31
O presidente Lula durante anúncio de ação das Forças Armadas em portos e aeroportos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foto: Reprodução

O presidente Lula anunciou a aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo nesta quarta (1). Com isso, militares vão poder atuar, em colaboração com a Polícia Federal, nos aeroportos do Galeão (RJ), Guarulhos (SP) e portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Itaguaí (RJ).

O anúncio da ação ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto ao lado dos ministros Flávio Dino (Justiça), José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil), além dos comandantes das Forças Armadas, general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica), e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

A ideia da ação é ampliar os trabalhos das Forças Armadas no combate ao crime organizado. As medidas vão atingir a fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras, e serão usadas para tentar uma “asfixia logística” das facções criminosas.

“Esse decreto estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado e, por isso, estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para os portos do Rio de Janeiro, de Santos e de Itaguaí,  e os aeroportos do Galeão e de Guarulhos”, afirmou o presidente.

Lula ainda afirmou que a Marinha vai atuar junto da PF nas baias de Guanabara e Sepetiba, no Rio de Janeiro, além dos acessos ao porto de Santos e o lago de Itaipu. Na cerimônia, ele também anunciou que será criado um comitê de acompanhamento integrado coordenado por Dino e Múcio.

As pastas vão apresentar um plano de modernização da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Penal e das Forças Armadas. O objetivo, segundo o petista, é “melhorar a atuação em portos, aeroportos e fronteiras”.

A ação deve durar até maio de 2024 e o ministro da Justiça afirmou que o governo optou por uma GLO nos portos e aeroportos por considerar que seria a melhor maneira de realizar um trabalho integrado. Ele deixou claro, no entanto, que a operação não tem objetivo de “substituir polícias estaduais”.

O anúncio do presidente ocorre após um pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que solicitou apoio do governo federal para o combate às milícias e ao crime organizado no estado. O Palácio do Planalto vem discutindo há semanas ações para auxiliar estados que enfrentam crises na área de segurança pública.

 

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