
O governo Lula apresentou um pacote de R$ 3 bilhões em ações para combate a atentados a escolas. O Ministério da Educação (MEC), comandado por Camilo Santana, também determinou a antecipação de R$ 1,097 bilhão da parcela de setembro do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para que gestores municipais invistam em infraestrutura de segurança nas instituições de ensino.
O MEC ainda liberou R$ 1,8 bilhão de recursos de anos anteriores que estão parados nas contas das escolas. O anúncio da liberação de valores ocorreu em reunião com os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Rosa Weber; do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes; 26 governadores e seis prefeitos.
“A gente não vai resolver esse problema só com dinheiro, elevando o muro da escola, colocando detector de metais. Sem a participação dos pais a gente não recupera um processo educacional correto nas escolas. Não vamos transformar nossas escolas numa prisão de segurança máxima, que não tem solução”, afirmou o presidente.
Lula ainda defendeu a criação de um meio para analisar a saúde mental das crianças nas escolas. Por isso, disponibilizou a prefeitos e governadores R$ 200 milhões de recursos do Programa de Ações Articuladas (PAA) para a implementação de núcleos psicossociais nas instituições de ensino.
“Tem que criar um comitê de prefeitos, de pais, de pastores. Nós temos que usar esse problema para resolver a violência nesse país”, prosseguiu o petista.
O governo federal já havia lançado um edital de R$ 150 milhões para ampliar rondas escolares em todo o país. O Executivo agora vai iniciar um processo de formação de professores da rede pública para lidar com situações de crise em salas de aula.