
Integrantes do governo Lula passaram a considerar, nos últimos dias, que Donald Trump pode recuar das sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Segundo auxiliares do Planalto, a expectativa é de que a Casa Branca revise medidas tomadas nos últimos meses, incluindo restrições direcionadas a integrantes do Judiciário e do Executivo. Com informações do Metrópoles.
Uma das apostas envolve a possível revogação da Lei Magnitsky em relação ao ministro do STF Alexandre de Moraes e à advogada Viviane Barci. A legislação foi utilizada pelos EUA para impor restrições internacionais, e sua retirada é tratada como prioridade por aliados de Lula.
No governo também há expectativa de que sejam revistas sanções que atingiram ministros brasileiros, como a suspensão de vistos de turismo para entrada em território americano. Integrantes do Executivo afirmam que a avaliação interna mudou após sinais enviados pela administração Trump.

A aposta ganhou força após a conversa telefônica entre Lula e Trump nesta terça-feira (2). O presidente americano confirmou a discussão e mencionou, em falas a jornalistas, que o tema das sanções esteve entre os pontos tratados durante o diálogo.
Trump afirmou que os dois conversaram sobre comércio e mencionou que havia imposto sanções por fatos ocorridos recentemente. Ele não detalhou os motivos, mas reconheceu que o tema integrou a agenda compartilhada com o presidente brasileiro.
Em publicação nas redes sociais, Trump voltou a mencionar o assunto e listou sanções a “diversas autoridades brasileiras” entre os temas tratados. Ele destacou que a relação estabelecida com Lula em encontro anterior na ONU abriu espaço para diálogo futuro e indicou novos acordos entre os países.