O Ministério de Minas e Energia enviou neste sábado (12) um ofício à Aneel cobrando “rigor” do órgão na adoção de medidas para impedir apagões na capital paulista.
Falando em “recorrência” de episódios de falta de energia na capital paulista, o MME pede à agência reguladora “rigor na apuração da responsabilidade” da Enel.
Por lei, cabe à Aneel – que é presidida por um indicado por Jair Bolsonaro, aliado do prefeito Ricardo Nunes – fiscalizar e tomar medidas contra a empresa concessionária.
O ofício foi enviado pelo ministro substituto, Arthur Cerqueira Valério, após conversa também neste sábado entre Guilherme Boulos e Alexandre Silveira, titular da pasta.
“Eu conversei com o ministro Alexandre Silveira, porque o meu adversário, prefeito Ricardo Nunes, está inventando mentiras, querendo colocar a responsabilidade no governo federal”, disse Boulos a jornalistas no início da tarde deste sábado, durante visita a comunidades afetadas pelas chuvas na Zona Sul.
Nosso pedido foi acatado! Ministério de Minas e Energia cobra ANEEL sobre atuação da ENEL em São Paulo. Ministro pediu, com urgência, informações sobre as providências tomadas contra as falhas recorrentes em São Paulo e exigiu rigor na fiscalização da empresa. pic.twitter.com/om7MfJ2njW
— Guilherme Boulos 50 (@GuilhermeBoulos) October 12, 2024
“Quem regula o contrato da Enel em SP é a Aneel, não é o governo. O presidente da Aneel foi indicado pelo Bolsonaro, e ele tem um mandato, o presidente Lula não pode tirar ele. Foi indicado pelo Bolsonaro, que é meu adversário. E é (a Aneel) quem tem mantido o contrato da Enel”, explicou o deputado federal.
“Essa parceria entre Ricardo Nunes, um prefeito que não faz o básico, não faz poda de árvore, não cuida da cidade, só aparece em tempo de eleição, com a Enel, uma empresa que foi privatizada, presta um péssimo serviço pra SP, é o que gerou isso aqui: que gerou falta de luz há mais de 13 horas, pessoal perdendo coisas na geladeira, comerciante perdendo tudo. É o descaso, é o abandono a que a cidade de São Paulo está submetida”, afirmou Boulos.
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