
Foto: Reprodução/Redes Sociais/Ricardo Stuckert
Após as últimas declarações do ministro da Fazenda, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), confirmando que estudos sobre um novo salário mínimo e uma nova tabela de Imposto de Renda estão prontos, assessores da equipe econômica informaram que o piso salarial no país deve subir para R$ 1.320.
O novo salário mínimo deve entrar em vigor a partir de maio e provavelmente será anunciado oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Dia do Trabalho, dia 1º de maio. Haddad disse que no próximo ano, a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física deverá ser R$ 2.640.
Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.302. O valor foi estabelecido pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, Lula já havia prometido aumentar o valor para R$ 1.320, mas não havia espaço fiscal no início do ano para bancar o novo mínimo, considerando os impactos nas despesas da Previdência Social.
Agora, com a expectativa de que o novo valor já esteja valendo a partir de maio, as despesas com benefícios da Previdência seriam menores do que se o mínimo de R$ 1.320 estivesse em vigor desde janeiro. Por outro lado, no caso do Imposto de Renda, a nova faixa de isenção só se iniciaria no próximo ano. Durante a campanha eleitoral, o petista prometeu subir a faixa de isenção para R$ 5.000.
Segundo o colunista Valdo Cruz, da GloboNews, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a promessa será cumprida, mas gradualmente. Neste momento, o governo não teria condições fiscais de financiar de imediato a proposta prometida, porém, aos poucos estará tomando forma.
“Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio ”, afirmou o ministro.
Então, por isso, a faixa de isenção deve subir, num primeiro momento, de R$ 1.903,98 para R$ 2.640,00, o equivalente a dois salários mínimos. O anúncio também deverá acontecer em maio.
Pelo que se sabe, as duas medidas fazem parte de um pacote de bondades que o governo Lula deseja promover para melhorar sua imagem, que começou o ano um pouco “desestabilizada” diante de uma economia enfraquecida e uma inflação elevada, mesmo começando a decrescer.