O Ministério dos Transportes, sob a gestão do governo do presidente Lula (PT), está estudando a criação de seis novas linhas de trem para transporte de passageiros em três regiões do Brasil.
Os trajetos previstos incluem Brasília (DF) – Luziânia (GO), Londrina – Maringá (PR), Pelotas – Rio Grande (RS), Feira de Santana – Salvador (BA), Fortaleza – Sobral (CE) e São Luís – Itapecuru Mirim (MA). As novas linhas devem aproveitar trechos da malha ferroviária já existente.
De acordo com o ministério, ainda não há definição sobre quais trechos serão usados, pois isso depende da conclusão dos estudos de viabilidade em andamento. Os levantamentos são conduzidos pela Infra S.A., empresa estatal que atua na área de infraestrutura de transportes. Ela é responsável por contratar, revisar e aprovar os estudos técnicos dos projetos.
O governo ainda não definiu o valor das passagens, mas afirma que a acessibilidade será um fator essencial na análise de viabilidade. “Um dos pontos essenciais desses estudos é a definição de um preço viável para a população atendida”, informou a pasta em nota. Detalhes sobre horários, tempo de viagem, paradas e serviços também serão definidos após os estudos.
Não há prazo para o início das operações. Segundo o ministério, aspectos como velocidade média, número de vagões e capacidade de passageiros só serão confirmados com o avanço dos levantamentos técnicos. Os projetos fazem parte do Novo PAC e, embora estejam contemplados, ainda não contam com cronogramas ou orçamentos detalhados.
O investimento será viabilizado com recursos do Novo PAC, o programa federal de aceleração de investimentos. Questionado sobre a possibilidade de parcerias público-privadas, o Ministério dos Transportes não respondeu.
Hoje, o Brasil conta com apenas duas linhas de trem de longa distância para passageiros: Cariacica (ES) – Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA) – Parauapebas (PA), ambas operadas pela Vale.