
O desmatamento na Amazônia Legal apresentou uma queda de 41% no mês de agosto deste ano em comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nesta terça-feira (30).
Apesar de ser o menor índice registrado desde 2017, a devastação ainda equivale à perda de mais de 1.200 campos de futebol de floresta por dia. O levantamento também revela que a situação continua crítica no estado do Acre, onde o desmatamento mantém trajetória de crescimento.
Segundo os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, o Acre respondeu por 26% de toda a área desmatada na Amazônia em agosto, seguido pelo Amazonas, com 26%, e Pará, com 23%. Juntos, esses três estados somaram 75% da devastação registrada no período.
A pesquisadora do Imazon, Manoela Athaíde, comenta os resultados: “A queda do desmatamento deve ser celebrada, mas não podemos esquecer que a perda da floresta ainda persiste. O desafio agora é transformar essa diminuição em uma tendência permanente, e não em uma oscilação momentânea”.

O desmatamento em áreas protegidas da Amazônia, que incluem unidades de conservação e terras indígenas, registrou queda ainda mais significativa de 48%.
Os números caíram de 208 km² entre janeiro e agosto de 2024 para 108 km² no mesmo período de 2025. Considerando toda a Amazônia Legal, foram devastados 388 km² de floresta nos primeiros oito meses deste ano, representando redução de 41% em relação ao período equivalente do ano anterior.
Entre as categorias de áreas protegidas, as unidades de conservação tiveram a maior redução na derrubada da floresta, com queda de 51% na comparação anual. A área desmatada nessas unidades caiu de 169 km² entre janeiro e agosto de 2024 para 82 km² no mesmo período de 2025.
Nas terras indígenas, o Imazon verificou redução de 33% no desmatamento, com o SAD identificando derrubada de árvores em área de 26 km² nos primeiros meses de 2025, contra 39 km² no mesmo período do ano passado.