Governo Lula registra menor taxa de desmatamento em 6 anos, diz instituto

Atualizado em 18 de março de 2024 às 15:27
Área desmatada da Floresta Amazônica. Foto: reprodução

O primeiro bimestre de 2024 marcou um cenário positivo para conter o avanço do desmatamento na Amazônia Legal, com o menor índice em seis anos, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nesta segunda-feira (18). Essa região abrange 59% do território brasileiro e engloba nove estados, incluindo Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso, Maranhã, Amapá e Tocantins.

Enquanto no mesmo período do ano passado foram derrubados 523 km² de floresta, em 2024 esse número diminuiu para 196 km², marcando uma redução de 63%. Os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon divergem da metodologia do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare.

Embora a diminuição seja um sinal positivo, o Imazon ressalta que o desmatamento ainda supera os níveis registrados entre 2008 e 2017, com exceção de 2015. Isso indica que há um desafio contínuo na preservação da floresta amazônica.

Desmatamento no Brasil segundo o Imazon. Crédito na imagem

“Esses dados mostram que ainda temos um grande desafio pela frente. Atingir a meta de desmatamento zero prometida para 2030 é extremamente necessário para combater as mudanças climáticas”, destacou Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, em entrevista ao G1.

Em relação aos estados que compõem a Amazônia Legal, Mato Grosso, Roraima e Amazonas registraram os maiores índices de desmatamento nos primeiros dois meses de 2024, totalizando 152 km² de floresta destruída, sendo 77% do total. A expansão agropecuária impulsionou o desmatamento em Mato Grosso, enquanto Roraima enfrentou avanços até dentro de terras indígenas.

Por isso, Amorim também afirmou que “uma das prioridades do governo deve ser agilizar os processos em andamento de demarcação de terras indígenas e quilombolas e de criação de unidades de conservação, pois são esses os territórios que historicamente apresentam menor desmatamento na Amazônia”.

O sistema do Imazon, chamado de SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), utiliza satélites que detectam áreas devastadas, contribuindo para um monitoramento mais eficaz da Floresta Amazônica. Essa ferramenta é fundamental para alertar sobre a degradação florestal e o desmatamento na região, sendo complementar ao sistema do Inpe.

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