Governo se corrige e diz que caiu o número de jovens “nem-nem” no país; entenda

Atualizado em 31 de maio de 2024 às 21:15
Carteira de trabalho sendo assinada
Carteira de Trabalho e Previdência Social – Agência Brasil

O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que o número de jovens brasileiros entre 14 e 24 anos que não estudam, não trabalham e não estão procurando emprego apresentou uma redução no último ano. A informação corrigida foi divulgada após uma retificação dos dados inicialmente reportados na última terça-feira (28), quando o governo havia informado um aumento desse grupo.

Segundo a correção do ministério, no primeiro trimestre de 2023, havia 4,88 milhões de jovens nessa situação. No mesmo período de 2024, o número caiu para 4,62 milhões. Anteriormente, o ministério havia informado que esse número tinha subido de 4 milhões para 5,4 milhões no período, conforme pesquisa da subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, com base na Pnad Contínua, do IBGE.

A pesquisadora havia apresentado os dados preliminares na segunda-feira (27) durante uma entrevista ao g1, antecipando a divulgação da pesquisa para a imprensa. A divulgação oficial ocorreu na terça-feira, no evento “Empregabilidade Jovem” do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo.

Agente do IBGE de costas, de rabo de cavalo
Pesquisa é da subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, com base na Pnad Contínua, do IBGE. – Reprodução

Após a divulgação, o consultor econômico Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, alertou o portal sobre a discrepância nos números. Ele destacou que, segundo a Pnad Contínua, o número de jovens desocupados tinha, na verdade, diminuído.

O Ministério do Trabalho, ao ser procurado, confirmou o erro e reprocessou os dados: “Reprocessamos os dados, os números da LCA são os corretos. No 1º trimestre de 2023 eram 4.888.783 pessoas de 14 a 24 anos que não estudam e não trabalham e, no 1º trimestre de 2024, eram 4.621.964, indicando que havia pequena diminuição dos que não estudam, não trabalham e não estavam procurando trabalho”.

Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), também confirmou os números após refazer o levantamento. Essa validação independente corroborou a redução no número de jovens desocupados no Brasil.

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