Governo vai “lutar” para taxar armas com o “imposto do pecado”, diz Haddad

Atualizado em 12 de julho de 2024 às 14:21
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo vai “lutar” no Senado Federal para incluir armas na lista do “imposto do pecado”, tributação foi criada para coibir comportamentos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. O PSOL já teve um destaque que pedia a inclusão dos itens na taxação adicional, mas a sugestão foi derrubada.

“Vamos lutar no Senado para um volta do imposto seletivo às armas”, afirmou Haddad. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, também se manifestou a favor da inclusão das armas no imposto seletivo e elogiou a inclusão da carne na cesta básica, isenta de imposto.

“Eu sempre entendo que você deve beneficiar mais a população mais pobre através do Imposto de Renda. O imposto de Renda deve ser sempre o fator mais importante de justiça de natureza tributária. Você colocar comida na cesta básica não é ruim. O ruim é você tirar do seletivo arma”, afirmou Alckmin.

Com o destaque derrubado do PSOL, as armas terão um imposto reduzido em relação ao que é cobrado hoje. A porcentagem cobrada atualmente é de 80%, mas deve seguir a alíquota-padrão, estimada em 26,5%.

Loja de armas. Foto: Reprodução

O texto-base da regulamentação da Reforma Tributária, novo sistema que simplifica impostos e dá mais transparência ao pagamento de tributos, foi aprovado nesta quarta (10) pela Câmara dos Deputados. O “imposto do pecado” foi criado para desestimular o consumo de alguns produtos e inclui veículos elétricos, embarcações, aeronaves, cigarros, bebidas alcoólicas e açucaradas, bens minerais e bets.

A carne não foi o único item incluído na cesta básica e, portanto, isento de imposto. Sal e queijos, como muçarela, prato e minas, não constavam e foram adicionados de última hora ao texto. Outros produtos alimentícios, como salmão e atum, também tiveram a alíquota reduzida.

O presidente Lula defendeu que proteínas animais tivessem impostos zerados, mas o Ministério da Fazenda avalia que o mecanismo de devolução de impostos, o “cashback”, pode ser mais vantajoso á parcela da população mais pobre.

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