Gravações clandestinas e minuta de Torres: Os momentos que evidenciam o golpismo no governo Bolsonaro

Atualizado em 10 de maio de 2023 às 6:51
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: EVARISTO SA/AFP

Diversos elementos mostram que tramas contra o resultado das eleições ocorreram no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os áudios revelados pela CNN Brasil em que o ex-major Ailton Barros fala em mobilizar uma tropa de 1,5 mil homens para um golpe de Estado foi um dos casos mais recentes. No entanto, outros episódios com conspirações contra a democracia foram protagonizados por Bolsonaro e seu núcleo.

A conversa de Bolsonaro com o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e com seu aliado Marcos do Val (Podemos-ES) foi uma das tramas conspiratórias em que o ex-presidente se envolveu. O objetivo do plano era realizar gravações clandestinas de ministros do STF, com o foco em Alexandre de Moraes, para “caçar” algum motivo para anular as eleições.

Outro episódio, esse, um dos casos mais graves, que mostra intenções golpistas do governo Bolsonaro é a Minuta Golpista. O documento tinha o objetivo de reverter o resultado da eleição. O texto detalhava passo a passo como deveria ser decretado um “estado de defesa”. A minuta foi encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres, preso desde 14 de janeiro.

Ailton Barros e Bolsonaro – Foto: CARL DE SOUZA / AFP

Outra discussão sobre golpe de estado foi feita pelos dois aliados mais próximos de Bolsonaro, o ex-major do Exército Ailton Barros e o tenente-coronel Mauro Cid, ambos presos por participar de um esquema que teria fraudado o cartão vacinal do ex-presidente.

Eles discutiram a possibilidade de dar um golpe de Estado e, logo em seguida, prender o ministro Alexandre de Moraes. A conversa entre os militares mostra que o plano deveria incluir a participação do então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, ou até mesmo do próprio ex-mandatário.

Ailton também discutiu formas de promover um golpe com o “ex-número 2” do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro, o coronel Antonio Elcio Franco Filho. Outras gravações obtidas pela CNN Brasil mostram que ambos conversavam sobre mobilizar 1,5 mil homens para participar de uma “insurreição”.

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