Grávida de 9 meses passa mal, é liberada em hospital e morre à espera de ambulância horas depois

Atualizado em 27 de janeiro de 2024 às 21:54
Syang Siqueira, de 21 anos. Foto: Reprodução

No último domingo (21), a jovem Syang Siqueira de Souza, de 21 anos, grávida de 40 semanas, faleceu a bordo de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em frente ao Centro de Saúde de Água Doce do Norte, no Espírito Santo. o bebê também não resistiu e morreu.

A família da jovem, que esperava a bebê Malya, alega negligência médica. A gestante havia visitado um hospital e foi mandada para casa por uma obstetra que alegou estar tudo bem. Mãe e filha perderam a vida horas depois.

Segundo Leandro Soares Loredo, companheiro de Syang e pai da bebê, ela estava em casa quando começou a sentir fortes dores nas costas e na região pélvica, acompanhadas de falta de ar, tanto em pé quanto deitada. Dirigiram-se ao atendimento clínico geral do Centro Médico local, onde não havia obstetra disponível.

Encaminhados ao Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço, em Barra de São Francisco, a obstetra que os atendeu liberou o casal, mesmo com a gestação prestes a completar 41 semanas, alegando sintomas comuns.

Syang Siqueira e o marido Leandro Soares. Foto: Reprodução

Na mesma noite, os sintomas retornaram, e ao retornarem ao centro médico, o médico que os atendeu identificou a gravidade do quadro e solicitou a transferência urgente, chamando uma ambulância do Samu com solicitação de UTI, que demorou 40 minutos para chegar.

De acordo com Leandro, a ambulância permaneceu parada em frente ao hospital por cerca de 3 horas. Os socorristas informaram a ele que sua esposa teria que ser entubada e, após tentativas de reanimação, comunicaram que ela sofreu uma parada cardíaca e faleceu.

Leandro acredita que negligência médica e descaso resultaram na perda de sua esposa e filha, alegando que, se tivessem internado sua esposa na primeira visita ao hospital, ela poderia ter sido salva. O município de Água Doce do Norte decretou luto oficial de dois dias em homenagem às vítimas.

A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) comunicou que a paciente não havia apresentado vazamento de líquidos nem alterações no colo do útero e, por isso, foi medicada e liberada. Quanto ao Samu, a Sesa afirmou que os socorristas foram encaminhados assim que receberam a solicitação, mas não conseguiram salvá-la.

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