Greve em SP: confira o que funciona e o que será afetado no Metrô e CPTM

Atualizado em 28 de novembro de 2023 às 7:04
Estação Santa Cruz, da linha 1 (Azul) do metrô de São Paulo, amanheceu fechada por conta da greve nesta terça-feira. (Foto: Hyndara Freitas)

Funcionários do Metrô, CPTM, Sabesp e Fundação Casa paralisaram atividades em São Paulo, contestando a privatização de serviços públicos. A mobilização ocorre em meio ao avanço do projeto de desestatização da Sabesp na Assembleia Legislativa de SP, previsto para votação em dezembro.

Operação comprometida: Linhas estatais afetadas

A greve atinge as nove linhas estatais do Metrô e CPTM, enquanto as linhas 4, 5, 8 e 9, sob concessão privada, operam normalmente. As linhas estatais foram paralisadas por volta das 4h, com retomada parcial a partir das 5h45, segundo informações do governo paulista.

Determinações Judiciais e Multas

Na segunda-feira (27), a Justiça do Trabalho exigiu operação mínima de 80% nos horários de pico do Metrô, com multa diária de R$ 700 mil por descumprimento. Na CPTM, a determinação é de 85% nos horários de pico e 60% nos demais, com multa diária de R$ 600 mil. Na Sabesp, a ordem é manter 70% do contingente essencial, sob multa diária de R$ 30 mil.

Impactos na mobilidade e suspensão do rodízio

A greve resultou em reforço na frota de ônibus municipais e intermunicipais, suspensão do rodízio municipal de veículos e ponto facultativo em serviços públicos.

Serviços essenciais, como segurança pública e postos móveis do Bom Prato, permanecem ativos. A prefeitura e o governo estadual garantem reagendamento de consultas médicas e manutenção de serviços críticos.

Situação na estação do Metrô Palmeiras-Barra Funda. Foto: Werther Santana/Estadão

Reivindicações dos sindicatos

– Professores da Educação: Oposição a cortes de até R$ 9,66 bilhões na educação básica em 2024. Revogação do plano de carreira e outras melhorias nas condições de trabalho.

– Metroviários: Resistência à privatização das quatro linhas públicas, protesto contra concessões de serviços e manutenção da linha 15-Prata.

– Funcionários da CPTM: Contestação do estudo para privatização de todas as linhas administradas pela empresa pública e oposição à concessão da linha 7-Rubi.

– SABESP: Oposição ao projeto de privatização, que reduziria a participação acionária do governo estadual de 50,3% para 15%-30%.

– Fundação Casa: Mobilização contra estudos para PPP na administração da entidade, temendo cortes de vagas.

O que diz o governo do Estado:

A greve foi articulada pelos sindicatos em conjunto com partidos de oposição ao governo paulista. Audiência pública na Alesp, marcada para esta terça-feira (28), discutirá a privatização da Sabesp, um dos principais projetos da gestão Tarcísio de Freitas. O governador alega que a greve é “abusiva e política”, imposta por uma “minoria” dos metroviários.

A gestão Tarcísio enfrenta a maior quantidade de greves no sistema metroferroviário em uma década. Entre 2013 e 2023, ocorreram 11 greves, sendo três apenas neste ano.

Confira a lista completa do funcionamento das linhas:

– CPTM:
– 7-Rubi: Operação parcial
– 10-Turquesa: Paralisada
– 11-Coral: Operação parcial
– 12-Safira: Operação normal
– 13-Jade: Operação normal

– Metrô:
– 1-Azul: Operação parcial (de Tiradentes a Ana Rosa)
– 2-Verde: Operação parcial (de Alto do Ipiranga a Clinicas)
– 3-Vermelha: Operação parcial (de Bresser a Santa Cecília)
– 4-Amarela: Normal
– 5-Lilás: Normal
– 15-Prata: Paralisada

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram,clique neste link